terça-feira, 31 de julho de 2012

Malia


Cosa c'era nel fior che m'hai datto?
Forse un filtro, un arcano poter...
Nel toccarlo, il mio cuore ha tremato,
M'ha l'olezzo turbato il pensier!

Nelle vaghe movenze che ci hai,
Un incanto vien forse con te?
Freme l'aria per dove tu vai,
Spunta un fiore ove passa il tuo piè!
Freme l'aria per dove tu vai,
Spunta un fiore ove passa il tuo piè!

Io non chiedo qual plaga beata
Fino adesso soggiorno ti fù.
Non ti chiedo se ninfa, se fata
Se una bionda parvenza sei tu;

Ma che c'è nel tuo sguardo fatale?
Cosa ci hai ne'l tuo magico dir?
Se mi guardi, un'ebbrezza m'assale;
Se mi parli, mi sento morir!
Se mi guardi, un'ebbrezza m'assale,
Se mi parli, mi sento morir...!

Non ti chiedo se ninfa, se fata
Se una bionda parvenza sei tu;

Ma che c'è nel tuo sguardo fatale?
Cosa ci hai ne'l tuo magico dir?
Se mi guardi, un'ebbrezza m'assale;
Se mi parli, mi sento morir!
Se mi guardi, un'ebbrezza m'assale,
Se mi parli, mi sento morir...


Sandy e Junior


segunda-feira, 30 de julho de 2012

José


E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade


domingo, 29 de julho de 2012

Texto de Caio Fernando Abreu


"Se me perguntarem como estou, eis a resposta:
Estou indo. Sem muita bagagem.
Pesos desnecessários causam sempre
dores desnecessárias.

Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo…
preenche-la com coisas novas.
Sensações novas, situações novas, pessoas novas.
Tudo novo."


sábado, 28 de julho de 2012

Edgar Degas




Edgar Degas nasceu em Paris em 19 de julho de 1834. Provindo da rica família de banqueiros, teve a educação padrão da classe alta no Lycée Louis le Grand. Depois de estudar direito por pouco tempo, decidiu tornar-se um artista, trabalhando com mestres conceituados e passando muitos anos na Itália, considerada então a "escola de aperfeiçoamento" das artes.
Na década de 1860, Degas já estava produzindo excelentes retratos, em detalhes observados e caracteristicamente originais em sua composição. Mas as ambições do artista ainda trilhavam os caminhos do sucesso convencional - Na França do século XIX, isto significava ter suas pinturas aceitas para serem mostradas no Salão oficial, que era virtualmente o único lugar onde um artista poderia tornar-se conhecido do grande público. Conseqüentemente, Degas pintava o tipo de trabalho que tinha maior prestígio no Salão: grandes peças detalhadas e convencionais sobre tópicos históricos, tais como "Os jovens Espartanos e Semíramis Fundando uma cidade".
Somente no final da década de 1860 Degas começou a explorar temas "modernos", que eram considerados pelo sistema da arte como um tanto triviais e sem nobreza. Entretanto, Degas estava um pouco atrás de seu amigo e rival Edouard Manet em ser um "pintor da vida moderna", e sempre se restringiu a um punhado de temas - retratos, as corridas, o teatro, a orquestra, senhoras na chapelaria, lavadeiras, o nu e sobretudo o balé. Atacava cada um repetidamente, muitas vezes durante longos períodos, com freqüência experimentando novas abordagens; provavelmente, a analogia mais próxima é com os compositores que produzem conjuntos de variações sobre um único tema. Milagrosamente, Degas é sempre atual, e suas pinturas têm um semelhança familiar sem jamais aparentarem ser muito parecidas.
As técnicas de Degas eram altamente originais, embora devessem algo à grande moda de gravuras japonesas do século XIX e à emergente arte da fotografia. Retratando seus temas a partir de ângulos incomuns(muitas vezes de um ponto de vista bem elevado), quase sempre posicionava de forma descentralizada; e, em vez de inserir os objetos periféricos de modo organizado no enquadramento da pintura, fazia cortes diretamente sobre eles. O efeito é o de uma fotografia, capturando um momento fugaz; os objetos semi-aparentes nas bordas do quadro fornecem a ilusão de que a cena continua para além da moldura.

Informações retiradas do livro: "Vida e obra de Degas" de Douglas Mannering


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Vida Boa


Moro num lugar
Numa casinha inocente do sertão
De fogo baixo aceso no fogão,fogão à lenha ia ia

Tenho tudo aqui
Umas vaquinha leiteira,um burro bão
Uma baixada ribeira,um violão e umas galinha ia ia

Tenho no quintal uns pé de fruta e de flor
E no meu peito por amor,plantei alguém(plantei alguém)

Refrão 
Que vida boa ô ô ô
Que vida boa
Sapo caiu na lagoa,sou eu no caminho do meu sertão

Vez e outra vou
Na venda do vilarejo pra comprar
Sal grosso,cravo e outras coisa que fartá,marvada pinga ia ia

Pego o meu burrão
Faço na estrada a poeira levantar
Qualquer tristeza que for não vai passar do mata-burro ia ia

Galopando vou
Depois da curva tem alguém
Que chamo sempre de meu bem,a me esperar(a me esperar) 

Victor e Leo


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Quadras


Embala-me em teus braços,
De amores bons à sombra --
Quero em cheirosa alfombra
Pousar os sonhos lassos!

Teus seios, oh! morena
-- Relíquias de Carrara --
Têm a ambrosia rara
Da mais rara verbena.

Aperta-me em teu peito,
E dá-me assim, divina,
De lírios e boninas
Um veludíneo leito.

Assim como Jesus,
Eu quero o meu Calvário
-- Anelo morrer vário
Dos braços teus na Cruz!

Porque não me confortas?!
Bem sei, perdeste a ciência,
Morreu-te a redolência,
Alma das virgens mortas --

Mas não! Apaga os traços
De tão funesto aspeito...
Aperta-me em teu peito,
Embala-me em teus braços!

Augusto dos Anjos


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nem Um Dia


Um dia frio
Um bom lugar pra ler um livro
E o pensamento lá em você,
Eu sem você não vivo
Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você,
E tudo me divide

Longe da felicidade
E todas as suas luzes
Te desejo como ao ar
Mais que tudo,
És manhã na natureza das flores

Mesmo por toda riqueza
Dos sheiks árabes
Não te esquecerei um dia,
Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você.

E tudo nascerá mais belo,
O verde faz do azul com o amarelo
O elo com todas as cores
Pra enfeitar amores gris.

Djavan


terça-feira, 24 de julho de 2012

Enrosca


Enrosca o meu pescoço
Dá um beijo no meu queixo e geme, geme
Que o dia tá nascendo
E nos chamando pra curtir com ele
Adoro esse seu sorriso bobo
E a sua cara de assustada
Enrosca meu pescoço
E não queira mais pensar em nada

Encosta seu ouvido em minha boca
Que eu te boto tonta
Desliza sua mão no meu cabelo
E aperta minha nuca
Adoro seu sorriso bobo
E sua cara de assustada
Enrosca o meu pescoço
E não queira mais pensar em nada
Pensar em nada

Enrosca o meu pescoço e não queira
Mais pensar em nada
Pensar em nada
Enrosca o meu pescoço e não queira
Mais pensar em nada
Pensar em nada

Adoro seu sorriso bobo
E sua cara de assustada
Enrosca o meu pescoço e não queira
Mais pensar nada

Junior Lima


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ópera Rock


Ópera rock é uma obra de rock que apresenta uma narrativa contada em diversas partes, canções ou seções, ao estilo de uma ópera. Uma ópera rock difere-se de um álbum convencional por geralmente trazer canções unificadas por um tema ou narrativa em comum, contando uma história com princípio, meio e fim. Uma ópera rock pode ou não ser apresentada de forma teatral. Em formato gravado, pode ser similar a um álbum conceitual, embora este simplesmente mantenha um tema ou estilo específico e as canções não sejam unidas por um enredo.
É consenso geral que a principal característica de uma ópera compartilhada pela ópera rock é a narrativa consistente, centrada em seres humanos e seus conflitos e problemas, e que relata tais aspectos de forma coesiva e coerente. Alguns estudiosos, como o escritor Eric V. d. Luft, defendem ainda que, analisado mais a fundo, o gênero pode revelar outras semelhanças:

"A ópera rock não é um drama musical unificado ou Gesamtkunstwerk de um Wagner ou um Strauss, mas simplesmente uma série de canções interligadas que, reunidas, contam uma história. Dessa forma, também não chega a ser unificada como uma obra de Verdi ou de Puccini mas, sendo caracteristicamente disjuntiva e impressionista, guarda semelhança mais próxima com os trabalhos de Mozart, Händel ou Monterverdi. Da mesma maneira que as obras desses compositores do século XVII e XVIII, a ópera rock não apresenta um recitativo para amarrar a narrativa entre as canções, não tendo nada para substituir esta função exceto a imaginação do ouvinte. Sendo assim e, a não ser que seja excessivamente polida por seu autor, uma ópera rock é tipicamente aberta a diversas interpretações plausíveis."
 — Eric V. d. Luft, In ''Die at the Right Time!: A Subjective Cultural 
History of the American Sixties

A principal diferença entre a ópera e a ópera rock, por outro lado, é que a segunda é normalmente apresentada por seus próprios compositores e arranjadores, sendo desenvolvida ainda durante o processo de produção e vista na maioria das vezes como um esforço colaborativo entre diversos músicos. Embora não represente um padrão ou norma a ser seguida, a apresentação em concerto de uma ópera rock é em geral acompanhada de elaborados sistemas de iluminação, cenário e outros objetos de palco, e em determinados casos até mesmo de encenações ou trechos de diálogos para acompanhar a música.

(fonte: wikipédia)


domingo, 22 de julho de 2012

Poema ao Poeta Banido


Quando penetrou em sonho
Na cabana dos poetas banidos, vizinha
À cabana dos mestres banidos (de onde
Ouviu briga e gargalhada), veio-lhe ao encontro
Ovídio, e disse-lhe a meia voz:
“Melhor não sentares. Ainda não morreste. Quem sabe
Ainda não retornas? E sem que nada mude
Senão tu mesmo.” Porém, consolo nos olhos
Aproximou-se Po Chu-yi e disse sorridente: “O rigor
Fez por merecer todo aquele que uma só vez deu nome à
injustiça.”
E seu amigo Tu-fu disse suave: “Compreendes, o desterro
Não é o lugar onde se desaprende o orgulho.” Mas, mais terreno
Interpôs-se o maltrapilho Villon, e perguntou: “Quantas
Portas tem a casa onde moras?” E tomou-o Dante pelo braço
E levando-o para o lado murmurou: “Teus versos
Estão cheios de erros, amigo, considera
Quem está contra ti!” E Voltaire berrou de lá:
“Cuida dos tostões, senão te matam de fome!”
“E usa gracejos!”, gritou Heine. “Não ajuda”,
Esbravejou Shakespeare, “Quando veio Jacó
Também eu não pude mais escrever.” – “Se houver processo
Toma um patife como advogado!” Aconselhou Eurípedes
“Pois ele conhece os furos nas malhas da lei.” A gargalhada
Ainda soava, quando do canto mais escuro
Veio um grito: “Escuta, sabem eles também
Os teus versos de cor? E eles que sabem
Escaparão à perseguição?” – “Estes são
Os esquecidos”, disse Dante em voz baixa
“Foram-lhes destruídos não só os corpos, mas também as
obras.”
A gargalhada cessou. Ninguém ousou olhar na direção. O
recém-chegado
Empalideceu.

Bertold Brecht


sábado, 21 de julho de 2012

Psicologia de um Vencido


Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

Augusto dos Anjos


sexta-feira, 20 de julho de 2012

Bons Amigos


Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Machado de Assis


quinta-feira, 19 de julho de 2012

462-0614 | Charles Bukowski

eu tenho recebido muitas ligações.
são todas parecidas.
"você é charles bukowski,
o escritor?"
"sim", eu digo a eles.
e eles me dizem
que entendem minha
escrita,
e que alguns deles são escritores
ou querem ser escritores
e que têm trabalhos entediantes
e horríveis
e que não conseguem encarar o quarto
o apartamento
as paredes
a noite —
eles querem alguém com quem
falar,
e não conseguem acreditar
que não posso ajudá-los
que não sei quais são as palavras.
eles não acreditam
que eu com freqüência
me enrolo no meu quarto
aperto minhas entranhas
e digo
"jesus jesus jesus, não
de novo!"
eles não acreditam
que as pessoas sem amor
as ruas
a solidão
as paredes
também me pertencem.
e quando desligo o telefone
eles pensam que escondi o meu
segredo.

eu não escrevo por
sabedoria.
quando o telefone toca,
eu também gostaria de ouvir palavras
que possam aliviar
um pouco.

é por isso que meu número
está na lista telefônica.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Verdes são os campos


Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.

Luís de Camões


terça-feira, 17 de julho de 2012

Merda e Ouro


Merda é veneno.
No entanto, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam pobres,
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.

Paulo Leminski


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Missão Quase Impossível



Bob 006 (Jackie Chan) acreditava que deixando para trás a vida de super espião da cia finalmente conseguirá levar uma vida normal e tranquila ao lado da sua vizinha e namorada, a bonitona Gillian (Amber Valletta). Bob precisava cumprir só mais uma missão antes de casar com Gillian: conquistar os pestinhas dos filhos dela. Mas os pestinhas tem um plano – tornar a vida de Bob impossível e fazer o cara desistir de casar com a mãe deles. Sem querer, eles entregam a localização de Bob a um terrorista russo e, agora, Bob e as crianças vão ter que deixar as diferenças de lado e se unirem para salvar o mundo.


domingo, 15 de julho de 2012

Varekai



Bem no interior de uma floresta, no topo de um vulcão, há um mundo extraordinário, onde tudo é possível: VAREKAI. Dos céus cai um jovem solitário, e a história de VAREKAI começa. Lançado de páraquedas na sombra de uma floresta mágica, descobre um mundo caleidoscópico habitado por criaturas fantásticas, iniciando uma aventura surreal e extraordinária. 


sábado, 14 de julho de 2012

I Clown



O alter ego de Federico Fellini neste filme é um garoto que vai ao circo pela primeira vez. Enquanto os palhaços fazem suas brincadeiras, Fellini aproveita para criticar os próprios críticos de cinema, através do personagem de um jornalista que fica perguntando “o que isso significa?”. O filme sustenta sua exuberância na total falta de seriedade, incluindo o próprio Fellini, no papel de diretor pretensioso que, com sua equipe, tenta fazer um documentário com os grandes circos e seus palhaços. O filme foi feito originalmente para a TV italiana.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dia Mundial do Rock


Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.[1]
Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.
No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd tocou junto, depois de 20 anos de separação.
Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dancing Queen


"Dancing Queen" é uma canção de disco gravada pela banda sueca ABBA em 1975 e lançada em 1976 como parte do álbum Arrival. A canção seguiu o outro hit da época, "Fernando" e é considerada um dos maiores sucessos da década de 1970. O vocal principal foi compartilhado por Agnetha Fältskog e Anni-Frid Lyngstad e letra e melodia foram compostas por Benny Andersson, Björn Ulvaeus e Stig Anderson.
"Dancing Queen" estreou durante as celebrações do casamento de Carlos XVI Gustavo da Suécia e Silvia Sommerlath. Após o lançamento, a canção atingiu o topo das paradas na Europa, África e Oceania em abril de 1977, além de se tornar o primeiro número um do grupo na Billboard Hot 100. Com boas críticas, gravação de videoclipe, apresentações em programas de televisão ao redor do mundo e sua inclusão na turnê de 1977, a canção ficou muito popular e se tornou um dos singles mais vendidos do quarteto. Tanto, que em 2009 o grupo britânico Phonographic Performance Limited colocou "Dancing Queen" em oitavo lugar numa listagem com as 75 músicas mais tocadas no Reino Unido nos últimos 75 anos.
O single está incluído em vários álbuns de compilações do ABBA (como ABBA Gold: Greatest Hits, Greatest Hits Vol. 2, The Definitive Collection) além de ser utilizada em vários filmes e programas de TV, ao mesmo tempo que é lançado novas versões gravadas por outros artistas. Atualmente, é considerada a canção mais conhecida do grupo e vários críticos a identificam como uma das melhores em seu gênero.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Medo da Eternidade


Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade.
Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espécie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas.
Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:
- Tome cuidado para não perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.
- Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.
- Não acaba nunca, e pronto.
- Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histórias de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta.
 Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boca.
- E agora que é que eu faço? - Perguntei para não errar no ritual que certamente deveira haver.
- Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários.
- Perder a eternidade? Nunca.
O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola.
- Acabou-se o docinho. E agora?
- Agora mastigue para sempre.
Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito.
Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar.
Até que não suportei mais, e, atrevessando o portão da escola, dei um jeito de o chicle mastigado cair no chão de areia.
- Olha só o que me aconteceu! - Disse eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou!
- Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente pode ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá.
Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envergonhada da mentira que pregara dizendo que o chicle caíra da boca por acaso.
Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim.

Clarice Lispector


terça-feira, 10 de julho de 2012

Como Nossos Pais


Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa
Por isso, cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram
E o sinal está fechado pra nós
Que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar
Sua menina, na rua
É que se fez o seu braço
Seu lábio e a sua voz

Você me pergunta sobre a minha paixão
Digo que estou encantado com uma nova invenção
Eu vou ficar nessa cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no tempo
O cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração

Já faz tempo eu vi você na rua
Cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança é o quadro que dói mais
Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem

Hoje eu sei que quem me deu a idéia
De uma nova consciência e juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando o vil metal
Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais

Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam, não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo, tudo que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Titanic



Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) é um jovem aventureiro que, na mesa de jogo, ganha uma passagem para a primeira viagem do transatlântico Titanic. Trata-se de um luxuoso e imponente navio, anunciado na época como inafundável, que parte para os Estados Unidos. Nele está também Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet), a jovem noiva de Caledon Hockley (Billy Zane). Rose está descontente com sua vida, já que sente-se sufocada pelos costumes da elite e não ama Caledon. Entretanto, ela precisa se casar com ele para manter o bom nome da família, que está falida. Um dia, desesperada, Rose ameaça se atirar do Titanic, mas Jack consegue demovê-la da ideia. Pelo ato ele é convidado a jantar na primeira classe, onde começa a se tornar mais próximo de Rose. Logo eles se apaixonam, despertando a fúria de Caledon. A situação fica ainda mais complicada quando o Titanic se choca com um iceberg, provocando algo que ninguém imaginava ser possível: o naufrágio do navio.


domingo, 8 de julho de 2012

Impossível Acreditar que Perdi Você


Não, eu não consigo acreditar no que aconteceu,
É um sonho meu, nada se acabou.
Não, é impossível, eu não consigo viver sem você,
Volte venha ver, tudo em mim mudou.

Eu já não consigo mais viver dentro de mim, 
E viver assim, é quase morrer, 
Venha me dizer sorrindo que você brincou,
E que ainda é meu, só meu, o seu amor.

Hoje mais um dia de tristeza para mim passou,
Nem o meu olhar, nada se alegrou.
Sinto-me perdido no vazio que você deixou, 
Nada quero ser, já nem sei quem sou


Eu já não consigo mais viver dentro de mim, 
E viver assim, é quase morrer, 
Venha me dizer sorrindo que você brincou,
E que ainda é meu, só meu, o seu amor.

Marcio Greyck



sábado, 7 de julho de 2012

Aquele que Diz Sim e Aquele que Diz Não


Aquele Que Diz Sim e Aquele Que Diz Não, peça baseada em um conto japonês, foi escrita em 1930 por Bertolt Brecht, um dos maiores dramaturgos do século XX, com uma arte politizada e obras voltadas a denúncias de injustiças sociais. O texto fala sobre a importância da reflexão e de como o ser humano se comporta diante de determinadas situações. 
O texto apresenta duas situações extremas, aparentemente muito parecidas entre si, mas com desfechos diferentes em função das reações das pessoas envolvidas, onde se debate o direito de ir contra as normas e costumes sociais, e o direito de se dizer "não" a estas normas. Um menino aceita ir a uma expedição de estudantes que irá atravessar as montanhas para buscar remédios e salvar a vida de sua mãe enferma.
Porém, manda a tradição de seu povo que, se um dos membros da expedição ficar doente, deverá ser jogado do precipício pelos outros para morrer e não atrapalhar o andamento da expedição. O menino acaba ficando doente durante o percurso, e o grupo decide jogá-lo do precipício, porém, a mesma tradição permite que o menino decida se aceita ou não seu destino cruel.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

Esconderijo


Nesse quarto escuro
Existe um menino assustado

Ele é sozinho
e teme que o mundo
encontre o seu cantinho

Me entrega ele pra cuidar
Eu sei guardar segredo,
eu sei amar

Não conto pra ninguém
que esse menino é alguém
de barba e gravata
E que esse quarto escuro
É sua alma

Sandy Leah




quinta-feira, 5 de julho de 2012

Valsa da Solidão


Mais uma vez, meu corpo perde a calma
Mais uma vez, meu sangue esfria a alma
Mais uma vez, o ouvido sente a falta
Das palavras que ninguém nunca falou.

Mais uma vez, chorar já não faz falta
Mais uma vez, viver se torna a pauta
Do que se foi, dos sonhos que desmoronei
Do amor que não vivi.

Então por que, calar a dor que grita
Então por que, fingir que ainda é bonita
Pra ver depois, toda a sujeira que eu joguei
Nos olhos sem sentir

Pra que viver, e alimentar a mágoa
Pra que viver, voltar sem levar nada
Já decidi, vou me entregar, tentar curar
Vou permitir meu sonho me levar
Daqui..


quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sursum Corda


Não deixaste que me perdesse
Mas quiseste-me
Tão livre...
Que me dói
O Teu amor
Por ser tão rico
Por ser tão puro

E a cada dia
Que o sol me traz
A cada segundo
Que o vento leva
A Tua mão ampara
Eu vejo
Os pensamentos
Os actos
Do meu coração

E pela noite
Pela calma
Pela voz com que não falas
Oiço bem a minha luta
Que é medo
De ser só uma
Que é alegria
De ser Tua

E no grito da vitória
Nos braços esticados
Nos punhos cerrados
Na garganta aberta
Na bandeira bem erguida
Tudo canta:
Sursum Corda!


terça-feira, 3 de julho de 2012

Fome Come

Gente eu tô ficando impaciente
A minha fome é persistente
Come frio come quente
Come o que vê pela frente
Come a língua come o dente
Qualquer coisa que alimente
A fome come simplesmente
Come tudo no ambiente
Tudo que seja atraente
É uma forma absorvente
Come e nunca é suficiente
Toda fome é tão carente
Come o amor que a gente sente
A fome come eternamente
No passado e no presente
A fome é sempre descontente

Fome come fome come
Se vem de fora ela devora ela devora ela devora
(qualquer coisa que alimente)
Se for cultura ela tritura ela tritura
Se o que vem é uma cantiga ela mastiga ela mastiga
Ela então nunca discute só deguste só deguste
E se for conversa mole se for mole ela engole
Se faz falta no abdome fome come fome come

Gente eu tô ficando impaciente
A fome sempre é descontente
Toda fome é tão carente
Qualquer coisa que alimente
Come o amor que a gente sente come o amor que a Gente sente


Palavra Cantada



segunda-feira, 2 de julho de 2012

O Efeito Sombra



O filme conta com a participação dos autores do best-seller homônimo, que consta pela 22ª semana seguida na lista dos livros mais vendidos do gênero de auto-ajuda das revistas Época e Veja.

Escrito pelo médico indiano Deepak Chopra, guru de celebridades como Lady Gaga, Madonna e Demi Moore; pela professora espiritual Marianne Williamson e por Debbie Ford, consultora espiritual que escreve semanalmente para o portal Oprah.com, o conceito de Sombra abordado pelo livro e filme foi criado pelo psiquiatra suíço Carl Jung, fundador da psicologia analítica.

O filme conta também com especialistas estudiosos do conceito de Sombra e traz depoimentos emocionantes de pessoas que conseguiram superar suas sombras para viver uma vida plena e cheia de possibilidades.

Segundo O EFEITO SOMBRA, a sombra é tudo aquilo que não queremos ser, mas somos. Nossas tendências, memórias e experiências que reprimimos e rejeitamos, aquilo que consideramos inferior em nossa personalidade, as características que nunca conseguimos desenvolver em nós mesmos: tudo isso é representado em nosso inconsciente como a Sombra.

Essa parte de nossa personalidade que desejamos rejeitar nos sabota constantemente, podendo se tornar uma força poderosa, capaz de destruir nossa vida, nossas relações pessoais e nossa capacidade de conquistar nossos sonhos. Desta forma, a pessoa tende a projetar suas qualidades indesejáveis nos outros ou deixar-se dominar pela Sombra sem se dar conta.

Porém, se o material escondido pela Sombra for trazido à consciência, ele perde sua natureza destrutiva. A Sombra faz parte da nossa personalidade e, quando compreendida, pode nos levar ao caminho da plenitude.

Sinopse:

Baseado em O Efeito Sombra, o maior fenômeno editorial no Brasil desde O Segredo, este poderoso filme de Deepak Chopra, Debbie Ford e Marianne Williamson lhe possibilitará uma experiência transformadora que mudará sua vida para sempre. É um filme que incita a auto-reflexão, revolucionando a forma de encarar seus defeitos e qualidades. Nas palavras do autor best-seller Aldo Novak, porta-voz do livro e do filme O Efeito Sombra no Brasil, "assistir a este filme é encontrar o segredo que faltava em O Segredo."


domingo, 1 de julho de 2012

Flores de Maria


Vítima de uma moléstia grave, depois de atravessar inúmeros sofrimentos, Rosângela desperta do outro lado da vida. Antes de completar quatorze anos, está de volta ao mundo espiritual, para tristeza dos seus pais, inconformados com sua partida.
Liberta do corpo físico, Rosângela se sente refeita, descobrindo um mundo novo, pleno de vida e de oportunidades de estudo, de trabalho e de lazer - esse é o início de uma emocionante narrativa, que diverte, consola e esclarece as razões das mortes prematuras.
"Flores de Maria" é uma leitura recomendada para todos que desejam conhecer melhor o destino dos jovens no mundo dos espíritos, e - em especial -, àqueles que perderam entes queridos ainda nos primeiros anos de vida. A revelação de Rosângela é comovente: as crianças que morrem para o mundo material são amparadas em espírito, preparando-se para, um dia, retornar ao convívio daqueles que amam - guiadas pela divina Providência.